sábado, 18 de abril de 2009

caminhos para inclusão digital na escola

Apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor desde 1996, já preconizar a necessidade da "alfabetização digital" em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, o censo escolar do Ministério da Educação (MEC), realizado em 1999, revelou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham, naquele ano, acesso à Internet, e cerca de 64 mil escolas do país não tinham sequer energia elétrica. Nos últimos anos, esse quadro está mudando, com iniciativas governamentais a nível federal, estadual e municipal, além de apoios privados e do terceiro setor, mas a exclusão digital nas escolas brasileiras ainda é grande.Embora os índices de informatização nas escolas tenham aumentado consideravelmente de 1999 para 2001 (último ano com dados globais levantados pelo MEC), a pesquisadora Neide de Aquino Noffs, da Faculdade de Educação da PUC-SP diz que a inclusão digital nas escolas da rede pública ainda não é uma realidade. "O laboratório de informática existe, mas não é usado com freqüência. Não é uma atividade rotineira para os alunos; não é como a biblioteca, que fica aberta o tempo todo", afirma Noffs.
Segundo ela, para se falar em inclusão digital na educação, não basta instalar computadores em escolas públicas. É preciso capacitar o professor para que ele transforme a sua aula utilizando a ferramenta digital. Além disso, seria preciso manter o laboratório de informática permanentemente aberto, com um profissional que o assumisse e ficasse responsável pela alfabetização digital. "Primeiro, é preciso quebrar a barreira do acesso. Depois, é preciso manter esse acesso", completa.
A pedagoga e coordenadora do Aulas Unidas, um projeto de intercâmbio virtual entre escolas realizado pela organização EducaRede, concorda que a Internet pode constituir uma ferramenta didática a mais. Segundo ela, porém, a qualidade do resultado depende de como isso é feito. "Se o objetivo é colher as informações para criar novos conhecimentos, é preciso que o aluno tenha competência e habilidade para analisar e sintetizar as informações.
Porém muitos projetos existem para que isto modifique.
Reconhecendo a importância da utilização de Softwares Livres no processo Educacional, seja este popular ou formal, o CESoL-CE apresentará o I Encontro de Educação e Inclusão Digital com Software Livre como forma de viabilizar/potencializar os debates de utilização do Software Livre em projetos sociais e escolas.Espaço Educativo
Durante o Encontro a organização também disponibilizará um laboratório com diversos softwares livres educacionais, ambiente que servirá para realização de experiências e troca de idéias. O espaço contará com a presença de um dos coordenadores do projeto Software Livre Educacional, Frederico Guimarães, que atuará como tutor dos interessados em utilizar estes softwares.
Muitos são os caminhos para inclusão partindo da educação, da escola para o mundo.
A recente revolução provocada pela informática produziu ferramentas muito valiosas para a ampliação dos fluxos de informação e, com isso, para a universalização do conhecimento. De instrumento virtual, a Internet passou a ser instrumento concreto de acesso à Cultura. Apesar disto, a não universalização do acesso ao produto desta revolução ameaça com o surgimento de assimetrias de informação contrárias à Democracia, pois reprodutoras de exclusão em uma era informacional.Se as inovações nos meios de transporte à época da Primeira Revolução Industrial produziram o encurtamento das distâncias, então, é imperativo que se reconheça na Informática o potencial para dilatação do tempo. Complexos cálculos matemáticos ao alcance de uma simples seqüência de botões. Assim, tem-se acesso, de forma rápida e a baixo custo, a conhecimento cujas principais características são a universalidade e generalidade. Isto porque pesquisar em meio virtual é dialogar em diferentes épocas, com uma infinidade de interlocutores, nas mais diversas línguas. Logo, é canal para conhecimento disponível igualmente a todos, dentro das mais variadas áreas de interesse.Vive-se hoje em dia no que se convencionou chamar de era informacional. Neste meio, informação é um ativo de grande valia, movendo mercados e mobilizando consciências. Quem mais rapidamente concentra informações diminui seus custos de transação, isto é, ganha vantagem competitiva, evitando problemas causados pelas assimetrias de que nos falam economistas como Ronald Coase. Em sociedade como esta, apenas a democratização do acesso rápido a informação permite igualdade de condições para o desenvolvimento.É tendo isto em vista que surge como uma ameaça à Democracia a desigualdade percebida no país entre os homens no que se refere ao acesso a estas novas ferramentas que buscam ampliar os fluxos comunicativos. Ao mesmo tempo em que a possibilidade de acesso a esta informação apresenta potencial emancipatório, a exclusão desta possibilidade mostra-se como forma de dominação. Nos dizeres de Christiano German, professor de Ciência Política na Universidade de Eichstätt, na Alemanha, a clássica divisão entre detentores de capital e trabalhadores, deu lugar a uma nova divisão social entre ricos em informação e pobres em informação. Neste sentido, o tema da inclusão digital apresenta-se como notável questão de inclusão social.Ademais, a valorização da Educação como meio adequado para a cidadania em um contexto democrático é conseqüência da necessidade objetiva de um povo de dar a todos condições de desenvolverem suas potencialidades. Nesta perspectiva, não há lugar para a exclusão de alguns do poder distribuído pela revolução desencadeada pela Informática. Pelo contrário, é essencial que o acesso aos canais gerados seja universalizado, de forma a evitar o aumento da distância entre os socialmente inseridos e aqueles que vivem às margens da sociedade.Desta feita, é inegável o fato de que a Informática trouxe inestimáveis possibilidades de aumento dos fluxos de informação, permitindo a redução dos custos de transação e maximizando as possibilidades de conhecimento da humanidade. Por outro lado, não se pode perder de vista a necessidade de se universalizar o acesso a estes novos mecanismos, donde se destaca a Internet, como maneira de assegurar entre os homens a igualdade de condições necessária ao exercício da Democracia. Não é possível haver hoje no Brasil, portanto, inclusão social por meio da Educação, quando desligada da idéia de inclusão digital.

Noticias - sobre inclusão digital

Na manhã desta quinta-feira (16/04), a presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargadora Zelite Andrade Carneiro e o juiz auxiliar da presidência, Francisco Borges, estiveram na reserva indígena Karitiana, localizada a 100 quilômetros de Porto Velho. O objetivo da visita foi conhecer a realidade da comunidade e comunicar os indígenas sobre a doação de cinco computadores para aldeia. A entrega dos computadores acontecerá, nesta sexta-feira (17/04), às 9h 30, no edifício-sede do Tribunal de Justiça.“Estamos felizes e realizados com a chegada dos novos computadores”, foram com estas palavras que os índios Karitianas receberam a presidente do TJ. O índio Marcos Paulo ficou emocionado com a presença da desembargadora Zelite Carneiro em sua aldeia e disse que a chegada dos computadores na reserva leva esperança para os índios, como, por exemplo, uma melhor condição do ensino/aprendizagem, atualmente distante do mundo globalizado. “Hoje estou muito feliz e agradecido pela contribuição que o Tribunal de Justiça de Rondônia está fazendo para minha comunidade. Estamos isolados do mundo e com os computadores chegando, é também um sinal de que a internet está bem próxima de nós. Vamos poder estudar mais e cultivar nossa cultura”. Para presidente do TJ, desembargadora Zelite Andrade Carneiro, é fundamental a inclusão das aldeias indígenas no mundo digital. Para ela, o índio não pode ficar desinformado e longe da tecnologia digital. “Com recursos básicos da informática, os índios vão poder dar continuidade aos estudos, a divulgação e preservação da sua cultura Karitiana”.
PILARES DA INCLUSÃO DIGITAL
1. Tecnologia disponível - É necessário investir em tecnologia, e enquanto o mais moderno não chega, o plano de negócios precisa visar as tecnologias disponíveis
2. Conhecimento e educação para o seu uso - Não há como disponibilizar tecnologias sem fazer com que as pessoas aprendam a usá-las. A inclusão digital veio para suprir necessidades, e não para criar outras novas. É necessário uma educação consistente para que as pessoas tirem o melhor proveito da ferramente e todos sejam beneficiados com isso.
3. Capacidade econômica - Infelizmente no Brasil, o excesso de tributos faz com que muitos projetos de cidades digitais se tornem inviáveis. É necessário um plano de políticas públicas que beneficie à todos, como uma redução de tributos para incentivar o consumo de novos produtos pelos usuários finais.
André Imar Kulczynski - Presidente da ABEMTIC e PROCEMPA
Projeto Porto Alegre Digital: Um modelo de inclusão tecnológica

domingo, 12 de abril de 2009

Exemplos a serem seguidos

Em dezembro de 2000, os Estados Unidos aprovaram o “Children’s Internet Protection Act”, também conhecido como CIPA, que exige que escolas e bibliotecas subsidiadas pelo governo federal possuam uma tecnologia que garanta que menores não tenham acesso a conteúdos obscenos, pornografia infantil e outros conteúdos a eles inapropriados. Assim, os estabelecimentos acabaram por adotar filtros, visando evitar o contato dos alunos com tais materiais.
Devido ao fato de filtros e outras tecnologias serem imperfeitos, e poderem, inclusive, acabar por filtrar recursos educacionais úteis, alguns ainda defendiam a adoção de soluções paralelas ao problema. Neste sentido foi aprovado o “Child Online Protection Act” (COPA) e criada uma comissão para estudar métodos de redução do acesso de menores a materiais de cunho sexualmente explícito. A comissão, formada por representantes da indústria de tecnologia e serviços online, importantes agências federais, grupos defensores dos direitos de crianças e adolescentes, grupos religiosos, educadores e bibliotecários, concluiu que uma combinação de fatores (ações técnicas, legais, econômicas e educacionais) seria a melhor solução.
Por seu turno, no estado americano da Virgínia, foi aprovada uma lei que obriga às escolas públicas a ensinarem sobre Segurança na Internet. A lei – com vigência a partir do primeiro dia de julho de 2006 – exige que o Departamento de Educação daquele estado elabore instruções sobre a inclusão da disciplina na grade curricular. Antes mesmo da lei, várias escolas já haviam adotado a disciplina em período de aula ou mesmo informalmente.
Workshops também têm surtido efeito nos Estados Unidos. Em se tratando de adolescentes, impera a idéia “comigo não acontece” mas, quando se é colocado diante de grupos de pessoas que já passaram por uma situação de perigo na Internet, ou, pelos menos, os educadores usam exemplos reais detalhados para dar ênfase aos perigos online, a mensagem é recebida. “É necessário que os alunos consigam visualizar a si ou a seus amigos na história”, diz Parry Aftab, diretora da ONG americana Wired Safety.
Na Grã-Bretanha, em 2002, o Departamento de Ciência da Informação da Universidade de Loughborough conduziu auditoria em 577 escolas inglesas, visando a coleta de dados sobre o que se tem feito em relação às práticas de segurança online. Alguns dos quesitos analisados foram: existência de filtros, políticas de uso da Internet, monitoramento e educação dos alunos; métodos de ensino de segurança online; métodos de implementação das políticas de uso e de identificação da fonte de informações sobre segurança e, ainda, se estas informações recebidas são realmente colocadas em prática.
Segundo pesquisa britânica, 61% dos professores não se sentem preparados para lidar com a educação digital. Os professores não precisam entender tudo de tecnologia, mas pelo menos necessitam saber sobre os riscos online. As escolas britânicas tendem a acreditar que a educação digital se limita a aplicações que envolvam o ambiente escolar, deixando de lado assuntos como bate-papos, mensagens instantâneas e P2P, por exemplo. Acreditam que, por serem assuntos que não fazem parte do dia-a-dia escolar, devem ficar sob responsabilidade dos pais. Questionamos esta posição.
Em Portugal, ao nível do 1º, 2º, 3º ciclo de ensino e ensino secundário, não existe uma grade curricular que aborde questões da segurança online aos mais novos. O foco é todo na aprendizagem das ferramentas básicas (processador de texto, folha de cálculo, etc.) e nas aplicações básicas relacionadas ao acesso à Internet. No entanto, há margem para que os professores abordem outras questões com os alunos, mas fica sempre ao critério do professor. Assim, um ou outro professor adota atitudes louváveis mas, mesmo assim, ainda precisam de ajuda. E o mesmo acontece com os pais.
Nos restantes países de língua oficial portuguesa, o desafio é o de conseguir levar as tecnologias de informação e comunicação às populações, já que faltam equipamentos, softwares, entre outros. No Brasil, fala-se muito em Inclusão Digital, mas pouco em Educação Digital. Enquanto governos e empresas multinacionais investem em equipamentos e no ensino sobre como usar as ferramentas básicas, falta instrução a respeito do uso correto, de acordo com princípios básicos de cidadania.
Pesquisando sobre o assunto, descobrimos uma professora brasileira chamada Cleide Muñoz, que ministra aulas de ética na informática a alunos de 5ª série a 8ª série. A atitude de Cleide é, de fato, louvável. Mas, no geral, ainda impera uma sensação de insegurança nesta “colcha” globalizada mas retalhada. “Segurança na Internet”, “Ética na Informática”, “Cidadania Digital”: é necessário organizar a disciplina e preparar os professores para um ensino completo e adequado.
É por esse motivo que estamos desenvolvendo o projeto “Educação Digital”, que engloba lições sobre Segurança e Privacidade, e Cidadania e Ética Digital. A princípio são ministradas palestras a mantenedores de escolas, professores, pais e alunos, sempre em grupos separados e com foco nas necessidades de cada grupo. Num futuro não muito distante vislumbramos a possibilidade de adicionar a disciplina à grade curricular, seja como matéria independente ou parte de disciplinas afins, como a Informática.
O importante é não perder tempo. Vivemos em uma nova era – a Era Digital – em que as informações são bombardeadas em velocidade espantosa. Somos a Sociedade da Informação! Se não dermos a devida atenção a este novo tipo de educação, as crianças de hoje serão os adultos confusos, perdidos e desinformados de amanhã. Ficaremos de braços cruzados?
Por Carolina de Aguiar Teixeira Mendes Advogada e consultora em Direito e Educação Digital

sexta-feira, 10 de abril de 2009

CURIOSIDADES - Cursos para pessoas com necessidades especiais


O projetoO Projeto Inclusão Digital Muito Especial é uma realização do Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Prefeitura de São João de Meriti, que visa oferecer cursos de informática para qualificação profissional de pessoas com deficiência.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO
1 - Melhorar a formação profissional da pessoa com deficiência;
2 - Difundir o conceito de inclusão social plena através da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho;
3 - Difundir o conceito de tecnologia assistiva e legislação relacionada à pessoa com deficiência (visual, motora, auditiva, etc).

PÚBLICO ALVO
O público alvo é formado por pessoas com deficiência, mas em caso de sobra de vagas, poderão ser inscritos também alunos sem deficiência. OS CURSOSSerão oferecidos cursos gratuitos de Domínio do teclado, mouse, sistema operacional e internet; Digitação; Editor de Texto; Planilha Eletrônica; Programação; Manutenção de microcomputador; Desenvolvimento de Sites, Motrix e Dosvox. Cada aluno poderá participar de quantos cursos desejar desde que as aulas ocorram em horários diferentes. Cada turma será formada por 20 alunos. A carga horária é de 90 horas por curso divididas em uma, duas ou três aulas semanais.
MATERIAL DIDÁTICO
Os alunos receberão apostilas exclusivas com o conteúdo ministrado nas aulas, além de todo material didático necessário (pastas, bolsa, papel, canetas, etc). Para as pessoas com deficiência visual haverá o mesmo material em forma de áudio book.
SERVIÇOS DE APOIO AO ALUNO
Será realizado um trabalho de sensibilização e acompanhamento familiar por meio de call center e psicólogo. O objetivo deste trabalho é ajudar o aluno na inscrição dos cursos, freqüência das aulas, buscando seu melhor aproveitamento. Para os alunos com redução de mobilidade grave será oferecido transporte gratuito até o local dos cursos.
APOIO PROFISSIONAL

Inserção no Mercado de Trabalho
Será realizado um trabalho de apoio para possível encaminhamento dos alunos ao mercado de trabalho, através de parcerias entre o Instituto Muito Especial e empresas que desejem contratar pessoas com deficiência.
Workshop de Empregabilidade
Serão realizados três workshops de empregabilidade, reunindo a equipe multidisciplinar do projeto, especialistas em empregabilidade e o departamento de Recursos Humanos das empresas que desejam contratar pessoas com deficiência.
O objetivo é promover a integração destas pessoas, para que juntas rompam com as barreiras atitudinais e arquitetônicas.
Visitas Guiadas
Serão realizadas visitas guiadas à empresas, no intuito de aliar a teoria e prática. Os alunos poderão conhecer a estrutura organizacional de uma empresa e se familiarizarem com o ambiente empresarial. Cada aluno realizará uma visita.
No Brasil, existem atualmente 3.200 pontos de presença instalados em mais de 2.500 municípios, permitindo que cerca de 28 mil computadores estejam em rede e conectados à Internet. O Programa tem o objetivo de promover a inclusão digital como alavanca para o desenvolvimento auto-sustentável e promoção da cidadania, principalmente de pessoas que não teriam condições de acesso aos serviços de informação. Esse Programa permite o acesso a Internet em alta velocidade (via satélite) funcionando em escolas, unidades militares e telecentros.
No Rio Grande do Sul tem-se a iniciativa inclusiva do Programa Sinergia Digital, criado e mantido pela PUCRS. Atende crianças, adolescentes e adultos, incluindo a chamada terceira idade, buscando uma formação integral do aluno. Os adolescentes de vilas carentes em torno da PUC recebem cerca de 70 horas de aula de informática e mais 30 horas de atividades esportivas, culturais e sociais[carece de fontes?]. As turmas tem acompanhamento sócio-educativo (por acadêmicos de Psicologia), palestras e dinâmicas de grupo. As aulas são realizadas no mesmo laboratório de informática que atende alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS. Os alunos recebem ajuda de custo para o transporte até a PUCRS[carece de fontes?].
Em julho de 2003, quando foram estabelecidas parcerias entre órgãos do Governo Federal – Ministério das Comunicações, do Planejamento, da Educação, da Defesa e Instituto de Tecnologia da Informação, teve início o Programa GESAC – Governo Eletrônico-Serviço de Atendimento ao Cidadão.

[editar] Inclusão Digital no Brasil

Estudantes da Uri/Campus Santiago
Dentro dessa perspectiva o Brasil vem buscando desenvolver ações diversas, visando a inclusão digital como parte da visão de sociedade inclusiva. Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas até meados de janeiro.[2]
Pouco menos de 2% da meta do programa, se levarmos em conta apenas os dados de financiamento, que é vender um milhão de máquinas para consumidores com renda entre três e sete salários mínimos nos próximos 12 meses. Os dados de financiamento são da Caixa Econômica Federal, que financiou 1.181 equipamentos. O Magazine Luiza, único varejista que obteve uma linha de crédito do BNDES, parcelou 18.186 computadores.
O PC dispõe do sistema operacional Linux e um conjunto de softwares livres com 26 aplicativos, como editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. Além disso, há suporte técnico durante um ano e as atualizações são gratuitas e periódicas.
O Brasil conta com um recurso total de 250 milhões de reais, provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O financiamento do Computador para Todos pode ser feito pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, além de redes varejistas, que têm se cadastrado junto a uma linha especial de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com os esforços de "inclusão digital" outros públicos também compõem o alvo de seu trabalho: idosos, pessoas com deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros. A idéia é que as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania, aliado a isto existe a necessidade do acesso pleno à educação.